Após impeachment, PT a a defender antecipação de eleições presidenciais 3p6b6c
4z295v
SÃO PAULO (Reuters) - O PT decidiu nesta sexta-feira ar a defender a realização de eleições diretas e imediatas para presidente da República, após o impeachment nesta semana da ex-presidente Dilma Rousseff, e também orientou suas bancadas no Congresso Nacional a trabalharem para derrotar as propostas do governo do presidente Michel Temer.
Em resolução divulgada após reunião da Comissão Executiva Nacional do partido em São Paulo, o partido colocou a proposta de emenda à Constituição que limita o crescimento dos gastos públicos como principal matéria enviada pelo Executivo ao Legislativo a ser derrotada e classificou a ideia do governo Temer de "PEC do Estado Mínimo".
O documento também reitera a posição do PT e de Dilma de que o impeachment foi um "golpe" na democracia e que a ex-presidente não cometeu crime de responsabilidade que justificasse seu impedimento.
"Se antes havia divergências sobre a proposta de antecipação de eleições presidenciais, agora a situação é outra, pois o Estado tem à frente um governo usurpador, ilegítimo, sem votos, com um programa antipopular e antinacional", afirma o documento petista.
"A recuperação da legalidade e o restabelecimento da democracia, nessas condições, somente se efetivarão quando as urnas voltarem a se pronunciar e o povo decidir os caminhos da nação."
Inicialmente, e após Dilma defender publicamente um plebiscito para a antecipação das eleições, a cúpula do PT se colocou contrária à medida, que à época era uma das cartadas da então presidente afastada para tentar manter seu mandato.
Na nota, o PT também acusa o governo Temer de ter como objetivo a retirada de direitos dos trabalhadores e da população que ascendeu de classe social durante os governos petistas. Temer e ministros próximos a ele têm negado essa acusação e garantido que as propostas de reforma da Previdência e da legislação trabalhista assegurarão os direitos adquiridos.
"As bancadas parlamentares do PT estão orientadas a enfrentar a agenda do golpismo, com todos os recursos e possibilidades disponíveis, agindo para dividir a base usurpadora sempre que for possível derrotar os projetos palacianos", afirma a resolução que aponta, além da PEC do limite de gastos, o projeto de lei que renegocia as dívidas dos Estados com a União como matérias a serem derrotadas.
A PEC do limite de gastos prevê que o crescimento dos gastos públicos do governo federal será limitado à inflação do ano anterior. Já o projeto da renegociação das dívidas prevê o mesmo mecanismo para Estados como contrapartida para a repactuação desses débitos.
"Nossas bancadas devem atuar de forma ampla, mas implacável, nessa e em outras batalhas, contra o governo usurpador", afirma a resolução.
(Reportagem de Eduardo Simões)
0 comentário 5y581d

Coalizão de frentes parlamentares se unem contra MP ‘Taxa-Tudo’

Usina de enriquecimento de urânio do Irã acima do solo em Natanz foi destruída, diz chefe da AIEA

Wall St termina em forte queda com retaliação do Irã contra ataque de Israel

Dólar fecha estável no Brasil em dia de tensão após ataque de Israel ao Irã

Ibovespa tem queda modesta com Petrobras amortecendo aversão a risco com Oriente Médio

Irã dispara menos de 100 mísseis contra Israel; a maioria foi interceptada, dizem militares israelenses