Acompanhando baixa do trigo, milho realiza lucros em Chicago e cai até 2,5% nesta segunda-feira d602h

Publicado em 09/06/2025 15:53 e atualizado em 09/06/2025 16:42
B3 acompanha e fecha 1º pregão da semana com perdas de até 1%

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A segunda-feira (9) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3).  

De acordo com a análise da Agrinvest, as flutuações da B3 sentiram impacto negativo da pressão das cotações na Bolsa de Chicago ao longo do primeiro pregão da semana. 

“No Brasil, a colheita da segunda safra de milho segue atrasada devido às chuvas dos últimos dias, mas em breve deve começar a ganhar ritmo e demandar por mais disponibilidade logística”, apontam os analistas da consultoria. 

O reporte da SAFRAS & Mercado destaca que, o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com postura retraída nas negociações, mantendo o tom das últimas semanas. “Os agentes avaliam os impactos do clima na produção da safrinha e a evolução da colheita do cereal no país”. 

Os analistas da consultoria relatam que os consumidores voltaram a atuar de maneira comedida nas negociações, adquirindo lotes pontuais e aguardando a entrada de volumes maiores e preços mais fracos à frente por conta da safrinha. “Os produtores estão avançando na fixação de oferta, mas um pouco mais cautelosos no dia. A valorização do real frente ao dólar, a paridade de exportação, o movimento dos futuros do milho e o clima são fatores acompanhados pelos agentes do mercado”. 

As exportações brasileiras de milho começaram junho em ritmo muito abaixo do registrado no mesmo período do ano ado. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o país embarcou apenas 1.384,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce) nos primeiros cinco dias úteis do mês — o que corresponde a apenas 0,16% do volume exportado em junho de 2024, que foi de 850.892,8 toneladas. 

A média diária de embarques ficou em 277 toneladas, uma retração de 99,3% frente às 42.544,6 toneladas/dia úteis registradas no ano ado. 

Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que os preços do milho seguem em queda no Brasil, movimento que vem sendo verificado desde meados de abril, apontam levantamentos do Cepea.  

“A baixa continua atrelada à retração de compradores, que apostam em novas desvalorizações fundamentados no aumento da oferta, especialmente diante do início da colheita da segunda safra, e nas limitações na capacidade de armazenagem. Além disso, as recentes quedas do dólar e dos preços externos reduzem a paridade de exportação e reforçam a pressão sobre as cotações domésticas”, explicam os pesquisadores de Cepea. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira 

O vencimento julho/25 foi cotado a R$ 64,20 com perda de 0,57%, o setembro/25 valeu R$ 65,03 com baixa de 0,76%, o novembro/25 foi negociado por R$ 68,16 com desvalorização de 1,02% e o janeiro/26 teve valor de R$ 72,10 com queda de 0,95%. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou quedas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorizações nas praças de Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e São Gabriel do Oeste/MS. 

Mercado Externo  1d493q

Os preços internacionais do milho futuro também tiveram um pregão de movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT), ao longo desta segunda-feira. 

Segundo a Agrinvest, a forte queda registrada pelo trigo pressionou os preços do milho, já que boas chuvas nas Planícies do Sul dos Estados Unidos favoreceram a umidade do solo e impulsionaram as lavouras de trigo de inverno. 

Os analistas da SAFRAS & Mercado acrescentam que também houve um movimento de realização de lucros, após as altas registradas nas últimas quatro sessões. “Além disso, a perspectiva de clima favorável para as lavouras dos EUA, consolidando uma safra abundante no país, complementou o quadro negativo”. 

Por outro lado, a desvalorização do dólar frente a outras moedas e os ganhos do petróleo em Nova York limitaram perdas mais consistentes. 

O vencimento julho/25 foi cotado a US$ 4,33 com queda de 9 pontos, o setembro/25 valeu US$ 4,22 com perda de 11 pontos, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,38 com desvalorização de 11,25 pontos e o março/26 teve valor de US$ 4,53 com baixa de 10,50 pontos. 

Esses índices representam desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (7), de 2,03% para o julho/25, de 2,54% para o setembro/25, de 2,5% para o dezembro/25 e de 2,26% para o março/26. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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