UE e China trocam farpas por falha nas negociações sobre clima do G20 64m65
4z295v
Por Kate Abnett e David Stanway
BRUXELAS (Reuters) - A União Europeia e a China estão questionando o compromisso mútuo de combater as mudanças climáticas, após o fracasso das negociações climáticas do G20 na semana ada.
No final das negociações da semana ada em Bali, na Indonésia, os 20 governos não chegaram a um acordo para um comunicado conjunto sobre as mudanças climáticas. Fontes diplomáticas disseram que alguns países, incluindo a China, estavam descontentes com a linguagem que já havia sido acordada e consagrada em acordos anteriores.
O chefe de mudança climática da UE acusou na segunda-feira "o maior emissor deste planeta" - uma referência à China - de tentar retroceder no Pacto Climático de Glasgow, que encerrou duas semanas de negociações da ONU em novembro.
"Alguns dos grandes atores deste planeta estão tentando reverter o que haviam acordado em Glasgow", disse Frans Timmermans em uma reunião em Roterdã sobre adaptação climática na África.
"E alguns deles, mesmo o maior emissor do planeta, tentam se esconder atrás dos países em desenvolvimento usando argumentos que acho que, em algum momento, não são mais viáveis", disse Timmermans, vice-presidente executivo da Comissão Europeia.
A China é responsável por cerca de 30% das emissões anuais, tornando-se hoje o maior emissor do mundo, enquanto os Estados Unidos são o segundo e a UE o terceiro. Os Estados Unidos, no entanto, é o maior emissor historicamente.
O Ministério das Relações Exteriores da China rejeitou a acusação e disse que Pequim exigiu uma interpretação "precisa" dos acordos climáticos anteriores.
O Acordo de Paris de 2015, por exemplo, comprometeu os países ricos – cujas emissões são em grande parte responsáveis pelo aquecimento global – a reduzir as emissões de dióxido de carbono mais rapidamente, ao mesmo tempo em que apoiava os países em desenvolvimento a seguir o exemplo. Sob o acordo de Paris, a China é definida como um país em desenvolvimento.
"Como um país em desenvolvimento, a China sempre apoiou o grande número de países em desenvolvimento e protegeu firmemente seus interesses comuns", disse um porta-voz do ministério chinês.
O fracasso das nações ricas em entregar o prometido financiamento climático aumentou as tensões nas negociações climáticas globais. A UE é o maior fornecedor de financiamento climático, de acordo com dados da OCDE.
A China prometeu atingir o pico de emissões até 2030 – uma meta que pode aumentar suas emissões no curto prazo, à medida que abre novas usinas de carvão. Pequim resistiu aos apelos da Europa para revisar essa meta de reduzir as emissões mais rapidamente.
(Reportagem de Kate Abnett em Bruxelas e David Stanway em Xangai)
0 comentário 5y581d

Ibovespa fecha em queda pressionado por bancos; Suzano sobe após t-venture

Dólar fecha abaixo de R$5,60 pela 1ª vez no ano com impulso do exterior

Telefonema entre Trump e Xi Jinping faz dólar cair e mercado segue atento aos dados da economia americana

Superávit comercial do Brasil fica abaixo do esperado em maio com maior importação, venda de aves recua com gripe aviária

Trump diz que acordo comercial com Pequim está em "boa forma" e que visitará a China

Wall Street cai com perdas da Tesla e os investidores e foco em dados sobre empregos