Edição dedicada à memória de Dirceu Gassen, e ao seu principal legado... a paixão pela agricultura! 1x252c

Publicado em 30/10/2020 15:10 e atualizado em 30/10/2020 16:55
Tempo & Dinheiro - Com João Batista Olivi
Acompanhe a íntegra do Tempo&Dinheiro desta sexta-feira, 30 de setembro/20, com apresentação de João Batista Olivi

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SÃO PAULO (Reuters) - As previsões de colheitas recordes de soja e milho do Brasil em 2020/21 foram elevadas nesta sexta-feira, de acordo com a consultoria Safras & Mercado, que aumentou a expectativa de plantio em meio a preços em máximas históricas desses dois produtos.

A produção brasileira de soja em 2020/21 deverá totalizar 133,5 milhões de toneladas, com elevação de 6,5% sobre a safra ada. Na projeção anterior, divulgada em setembro, a consultoria havia previsto 132,17 milhões de toneladas.

Com o plantio em andamento, a Safras indica aumento de 2,8% na área, para 38,325 milhões de hectares.

Segundo o analista Luiz Fernando Roque, foram feitos ajustes nas estimativas de áreas para alguns Estados.

"Nossa última pesquisa mostra que as áreas a serem semeadas devem ser maiores do que as estimadas inicialmente, principalmente em alguns Estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste", comentou ele em nota.

No caso do milho, a área total do Brasil deverá ocupar 20,022 milhões de hectares nesta temporada, com avanço de 2,8% ante 2019/20, superando também os 19,576 milhões de hectares indicados na projeção de setembro.

"Por conta dos ajustes realizados, Safras está elevando o indicativo de produção da safra 2020/21 para 116,427 milhões de toneladas de milho, acima das 115,523 milhões de toneladas apontadas em setembro e bem à frente das 106,833 milhões de toneladas colhidas na safra 2019/20", disse o analista Paulo Molinari.

A produção de milho da safra de verão 2020/21, contudo, deverá ficar em 22,851 milhões de toneladas, ante 24 milhões de toneladas previstas no levantamento anterior, devido ao tempo seco. A colheita deve ser inferior também ante as 23,161 milhões de toneladas de 2019/20.

Parte da safra de milho do RS tem quebra por seca, avalia Fecoagro 57c6t

SÃO PAULO (Reuters) - O Rio Grande de Sul, maior produtor de milho na primeira safra do Brasil, registra perdas irreversíveis nas lavouras do cereal devido à seca, o que adiciona potencial para alta de preços em um mercado que lida com oferta escassa, avaliaram a federação das cooperativas agropecuárias do Estado (Fecoagro) e especialistas.

Alguns produtores gaúchos, que por questões climáticas fazem apenas uma safra de milho por ano, diferentemente de outras partes do país que colhem mais na segunda, já acionaram o seguro rural. Outros agricultores do Estado estão ponderando plantar soja em terras nas quais o milho não se desenvolveu.

"É difícil estimar (as perdas), mas acredito que tem produtores no Rio Grande do Sul que já acionaram o seguro, aqueles que já têm danos irreversíveis. E tem produtores não financiados pensando em tirar o milho e plantar soja", disse à Reuters o presidente da Fecoagro, Paulo Pires.

"O produtor vai aproveitar os preços da soja, o produtor é muito dinâmico, ele vira a página muito rápido", disse ele, em referência às cotações da oleaginosa, que assim com as do milho, estão em patamares recordes.

O Rio Grande do Sul tem safra de milho estimada pelo governo em 5,7 milhões de toneladas em 2020/21, ou pouco mais de 20% da produção total no verão --volume que não considera perdas pela seca.

O preço do milho bateu um recorde histórico no Brasil esta semana, com a cotação atingindo 82,67 reais por saca de 60 kg nesta quarta-feira. Os valores apagaram máxima anterior de 2007, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Na última terça-feira, a soja marcou 166,57 reais/saca, nova máxima, segundo o indicador do Cepea.

A firmeza nas cotações já havia levado o governo a reduzir as tarifas para importações de soja e milho de fora do Mercosul, mas questões sobre variedades transgênicas não aprovadas trazem preocupações sobre eventuais negócios, segundo especialistas.

O analista da Safras & Mercados Paulo Molinari disse que as importações ainda estão limitadas a países ao Mercosul, especialmente Paraguai, e o mercado deve ficar sustentado até meados de 2021, quando acontecerá a colheita da segunda safra brasileira.

"A primeira safra de milho não atende todo o mercado, ainda mais se a região Sul tiver quebra. Continua tendo problema no Rio Grande do Sul", afirmou ele à Reuters.

Nesta sexta-feira, separadamente, a Safras & Mercado revisou seus números de produção total do país, elevando a projeção para um recorde de 116,427 milhões de toneladas do cereal, que considera uma área maior na segunda safra, já que reduziu a estimativa da colheita de verão, devido à seca.

Pires, da Fecoagro, concordou que não há sinalização para uma redução do preços das commodities agrícolas.

"Estão em desespero por milho, nunca vi indústrias tão preocupadas com o suprimento da matéria-prima, e os produtores com milho plantado com pivô (irrigação) vão ter bons resultados", acrescentou o presidente da federação.

PREVISÃO

Após pancadas de chuvas isoladas no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina esperadas para sábado, o tempo deve voltar a ficar firme em toda a metade sul do país na próxima semana, dificultando os trabalhos de plantio de soja e milho, sem alívio para as condições do cereal, disse nesta sexta-feira o agrometeorologista da Rural Clima, Marco Antonio dos Santos.

"A primeira semana de novembro vai ser exatamente assim, chuvas apenas no Matopiba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia) e norte de Goiás e Minas Gerais", disse.

Segundo ele, somente no final da próxima semana as chuvas retornarão ainda de forma irregular sobre boa parte do Brasil, o que poderia colaborar para estancar perdas no milho primeira safra, especialmente no Rio Grande do Sul.

Em esforço concentrado, parlamentares podem votar autonomia do BC e vetos na semana que vem 6nz1m

BRASÍLIA (Reuters) - A próxima semana promete ser movimentada no Congresso, quando parlamentares devem interromper a rotina de campanha das eleições municipais para um esforço concentrado que envolve uma sessão do Congresso e votações de matérias de interesse do governo no Senado, caso de proposta sobre a autonomia do Banco Central.

Já entre os deputados, segundo quatro fontes consultadas e o próprio líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), a previsão é que não deliberem item algum na pauta específica da Casa.

O plenário da Câmara a por uma dupla obstrução, tanto por parte da oposição, que pressiona pela votação de medida provisória da prorrogação do auxílio emergencial, quanto por parte do chamado centrão, devido à disputa pela presidência da Câmara, clima que também resvala na definição do comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Questionado sobre a previsão de votações na Câmara, Barros afirmou que a Casa ainda está "sem sinais" de mudança no ime.

Mas há possibilidade, ainda que remota, de votação de projeto de resolução para retomar o trabalho de comissões e colegiados, caso da que trata de proposta sobre prisão após condenação em segunda instância e também do Conselho de Ética, que analisará o caso da deputada Flordelis (PSD-RJ), ré em processo sob suspeita de ser a mandante da morte do marido.

BC E DESONERAÇÃO

O texto para formalizar a atuação independente do Banco Central tem votação no plenário do Senado prevista para a terça-feira, um dia antes de convocação do Congresso para a deliberação de vetos presidenciais e projetos.

Segundo o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), tanto a sessão da Casa para a votação da autonomia do BC, quanto a do Congresso estão de pé.

Um fonte avalia ainda que o clima em torno da proposta do Banco Central "caminha bem". Mas o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor da proposta de autonomia operacional do banco, avaliou que um outro projeto na pauta do mesmo dia enfrenta problemas.

Trata-se de projeto que autoriza o BC a receber depósitos voluntários de instituições financeiras, o que forneceria um instrumento de controle da moeda com menor impacto na dívida pública. Segundo Valério, o PT, partido do autor da proposta, senador Rogério Carvalho (SE), tem oferecido resistências à votação.

A sessão do Congresso prevista para a quarta-feira também promete polêmicas. Ainda não foi divulgada a pauta formal, e por determinação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), terá sua lista de temas definida por acordo.

Há controvérsia, por exemplo, em torno do veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia. Se for mantido o veto, as empresas beneficiadas deixam de contar com o incentivo em 31 de dezembro deste ano.

Duas fontes avaliam como grandes as chances de o Congresso derrubar esse veto. Por isso mesmo, diz uma das fontes, sua votação depende da disposição do governo em se conformar com a derrota.

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Fonte:
Notícias Agrícolas/Reuters

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