Milho com preços firmes, acima dos R$43,00/sc, por exportações recordes e vendedores retraídos. Produtores preferem negociar a soja v6zt
Os preços do milho no mercado interno seguem firmes mesmo após a confirmação dos leilões da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Entre os principais fatores de sustentação estão às exportações recordes e a retração na ponta vendedora. 2g5912
O grande volume exportado neste ano comercial escoou boa parte da produção, chegando a demonstrar escassez de oferta em algumas regiões. Além disso, a safra de verão vem diminuindo ano a ano, e a oferta neste período ficou aquém da demanda.
De acordo com o pesquisador do Cepea, Lucilo Alves, outro fator importante na composição desse cenário foram às intensas vendas antecipadas na safra 2015/16, volumes superiores aos registrados nos últimos dois anos.
Assim, "com o avanço da colheita de soja, os produtores fazem caixa com as vendas já realizadas e não vem a necessidade de novas vendas de milho, e ao mesmo tempo temos um mercado bastante comprador", explica o pesquisador.
Neste contexto os atuais preços do milho são 60% maiores que no mesmo período do ano ado e, apesar da tendência de queda a partir de março, as cotações continuarão em patamares melhores que ano anterior.
As exportações brasileiras de milho ganharam força no segundo semestre do ano ado, acompanhando a forte desvalorização do real, que torna o cereal brasileiro mais competitivo internacionalmente. Na parcial de fevereiro os embarques superaram 4.424,0 milhões de toneladas, de acordo com dados oficiais da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
No entanto, "a tendência é que essas exportações comecem a cair semana a semana, pelas condições naturais do período, e o foco e a ser a soja", explica Alves. Neste cenário, as cotações futuras na BM&F já indicam uma possível retração nos preços com o contrato maio/16 a R$ 42,14/sc e o setembro/16 em R$ 37,10 a saca.
Os preços de contratos efetivados em fevereiro para exportação em agosto/setembro estão na casa dos R$ 37,00 a R$ 37,50 /sc FOB Paranaguá, também apontado para o tendência de queda "embora ainda em níveis que podem ser considerado satisfatória pelos produtores", destaca Alves.
Dessa forma, o analista avalia que no segundo semestre, embora a disponibilidade de oferta seja maior devido a safrinha, as cotações tendem a perde a firmeza, mas se manterão em níveis elevados, na comparação com anos anteriores.
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