Interesses comuns fortalecerão acordo comercial entre Mercosul e União Europeia 674o6p
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Após quase um ano desde o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia, o site Notícias Agrícolas entrevistou José Manuel Fernandes, deputado de Portugal no Parlamento Europeu e Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul, para debater as dificuldades e as perpectivas dos dois blocos diante das dificuldades causadas pela pandemia do Covid-19, o novo coronavírus.
Para Antônio da Luz, a heterogeneidade do bloco Mercosul é mais complexa se comparada às diferenças dos países europeus. Crítico ao bloco, o economista-chefe da Farsul vê que o Brasil está preso ao bloco sul-americano. "A aproximação com a União Européia vem para salvar o Mercosul, mas precisamos ter a consciência de que o comércio é uma via de mão dupla. Ao fazer um acordo entre blocos comerciais, temos que ter a consciência de que teremos zonas de livre comércio", disse.
Um dos gargalos a serem resolvidos entre os dois blocos, são as exigências ambientais na Europa que acabam criando uma visão negativa com relação à agricultura. "A agricultura se mostra cada vez mais essencial, mas nem sempre o papel do produtor é valorizado. O rendimento médio do produtor na União Européia é cerca de 40% em relação à outras profissões, o que faz desse setor pouco atrativo", explicou o parlamentar europeu. "Olhar o agricultor como um inimigo do meio ambiente é muito errado, isso não significa que não tenhamos que enfatizar a sustentabilidade do setor, principalmente com os avanços digitais", completou.
Apesar das adversidades, tanto Antônio da Luz, quanto José Manuel Fernadez concordam que os valores em comum dos povos europeus e sul-americanos irão fortalecer os laços econômicos entre os dois blocos. "Temos valores comuns, culturas e modo de vida semelhantes, essas afinidades irão nos auxiliar em encontrar um espaço de bem comum", opinou Fernandez. "Temos muito para aprender com a cooperação entre os blocos, não podemos adotar medidas protecionistas, pelo contrário, devemos comprar aonde é mais barato. O agronegócio só chegou ao patamar atual de importância graças ao livre mercado", alertou Antônio da Luz.
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